Durante dois anos fiz parte de uma equipe de projetistas da filial nordestina de uma multinacional. A empresa, como é comum hoje em dia, era dividida em departamentos que se intercomunicavam em um mesmo ambiente sem paredes, dando livre acesso para todos os funcionários. Nosso grupo era bem unido profissionalmente e pessoalmente, e sempre fazíamos piada uns dos outros. Tudo com muito respeito, claro.
Deixando o lado engraçado da história, lembro-me de como somos “mangados” nessa vida por não darmos conta de uma coisa muito importante em um contexto mais amplo: o networking. A gente sempre pensa nessa palavra quando estamos dentro de uma empresa, geralmente relacionada a nossos pares profissionais, mas esquecemos que o networking é polivalente e pode ser aplicado a praticamente qualquer ser vivo, em qualquer fase da vida.
Da faculdade, lembro-me de um colega de turma que integrou a equipe de um trabalho de Topografia do qual ele simplesmente não colaborou. A parte que cabia a ele foi diluída para o restante do grupo. Todos tinham seus estágios, dificuldades em casa e em outras matérias, mas, no final, o trabalho deu certo. Anos depois, quando eu já trabalhava naquela empresa inicialmente citada, houve um processo seletivo com dois finalistas e o meu chefe me pediu um voto de Minerva. Um dos candidatos era justamente o colega de sala que prejudicou o trabalho de Topografia.
Não tive dúvidas. Optei pelo outro candidato. Vingança? A princípio poderia até parecer, mas se analisarmos o contexto profissional, como poderia contar no ambiente profissional com uma pessoa que já demostrou um dia que não tem capacidade de trabalhar em grupo? Foi esse o pensamento que usei.
Eu teria diversos exemplos que poderiam ser aplicados, tanto positivos quanto negativos e tenho certeza que você, ao ler essa história, deve ter se lembrado de algum que ocorreu na sua vida, pois é assim que acontece. Como dizia a sabedoria da vovó: “Seja bom com o mundo que o mundo será bom com você”, ou, como na minha antiga equipe de trabalho: “A vida é um pé de manga…”!
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