Carreira: o apagão agora é no e-commerce
Faltam profissionais qualificados para o segmento, que deve crescer 30% neste ano. Veja como aproveitar o bom cenário e desenvolver uma carreira
Não é de hoje que o e-commerce apresenta crescimentos acima dos verificados no varejo convencional. Apenas para este ano, a e-bit e a camara-e.net (Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico) esperam um crescimento nominal de 30% frente a 2010, enquanto a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de São Paulo) estima uma alta de 8% para o varejo, considerando um cenário otimista.
Nesse cenário, as empresas virtuais vão ganhando espaço e abrindo oportunidades. Embora muitos consumidores temem em comprar por meio do e-commerce, o setor já está consolidado no País e com tendências de crescer ainda mais. E exigindo cada vez mais mão-de-obra qualificada. Ganham, com isso, profissionais da área de varejo, tecnologia e marketing, segundo a gerente de projetos da área de Search da Kienbaum – empresa de seleção e recrutamento de executivos – Margot Nick.
“O segmento é relativamente novo no Brasil. São poucos os profissionais prontos, com experiência. Faltam profissionais em todas as áreas e de todos os níveis”, afirma. A falta de profissionais para atuar no e-commerce está fazendo com que as empresas virtuais ampliem cada vez mais seus benefícios para reter talentos. Segundo Margot, o setor está pagando bônus antecipadamente, já na contratação, e para quem fica na empresa, há ainda a possibilidade de ganhar bônus de retenção.
Para suprir esse verdadeiro apagão de profissionais no setor, as empresas que migraram para o ambiente virtual estão aproveitando seus funcionários que atuavam no varejo convencional. “Para atuar no e-commerce, a empresa tem que estar disposta a investir. Elas oferecem bônus de entrada, participação nos lucros, e para os mais experientes, bônus de retenção, além do aumento médio de cerca de 40% da remuneração direta”, afirma.
Oportunidades
Apesar disso, para a especialista, a tendência é que as unidades de negócios virtuais fiquem mais independentes. Com isso, amplia-se a demanda, principalmente de profissionais de compras, planejamento financeiro e business intelligence. Quem quiser aproveitar esse novo mercado, deve ficar atento não apenas às habilidades técnicas, mas às comerciais. “Para atuar nessa área, é preciso agilidade, capacitação técnica, habilidade de negociação, foco em resultados e visão sistêmica”, afirma Margot.
Conhecer as rotinas de negócios e ter afinidade com tecnologia, finanças e marketing amplia as chances do profissional de se dar bem nessa área, independentemente da área de formação. “Para o candidato, o curso de graduação pode variar, mas o importante é que tenha auto-motivação e trabalhe bem em equipe, já que essa é uma área que interage com diferentes áreas da empresa, e tenha conhecimento do segmento de mercado em que vai atuar”, explica a especialista.
Para Margot, um dos caminhos para as empresas do setor suprirem a forte demanda da área é investir em treinamentos dos funcionários. E quem conseguir engatilhar uma oportunidade pode fazer carreira. “O e-commerce só cresce mundialmente e fazer parte deste mercado é certeza de boas oportunidades na carreira”, afirma. Além dos benefícios, os profissionais dessa área também podem contar com uma perspectiva de crescimento alinhada ao crescimento do segmento.
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