Levamos uma vida digital frenética estando em maior parte nas mídias sociais, assinando a maioria dos blogues, sendo quase todos os cliques da rede. Comentamos em vídeos, fotos, posts, fóruns e mais… Acredito que todos aqui usem Orkut, Facebook, Twitter e até um blogue pessoal. Somos a Geração Wiki.
Quando Bill Gates escreveu “A Estrada do Futuro”, em 1995, havia previsto que o PC, como hoje o conhecemos, mudaria para sempre nossa maneira de trabalhar, de estudar, de comprar, de escolher e de nos relacionar com o mundo e com as outras pessoas. Porém, Gates precipitou-se ao afirmar que teríamos mais tempo para o ócio e o lazer, já que, em sua visão de futuro, serviços online e outras comodidades virtuais propiciadas pela tecnologia poupariam o nosso tempo. Precipitou-se porque, honestamente, alguém aí anda com tempo de sobra?
Nos últimos anos, é bem verdade que a web 2.0 nos presenteou com inúmeras ferramentas de entretenimento e interação. De fato, a tecnologia impulsionou e potencializou mudanças profundas em nossa cultura e comportamento. Você já pensou como viviam nossos pais ou avós há 20, 30 anos? Os tempos eram outros… Embora em outro sentido, tempo aqui é a palavra-chave. Uma sociedade que vislumbra o progresso, especialmente no modus operandi capitalista, busca formas de se fazer as coisas com melhor qualidade em menos tempo.
Quem nunca ouviu um time is money? No entanto, a grande dificuldade hoje, contrariando a previsão de Bill Gates, é dar conta de tudo que é necessário, seja na vida pessoal, seja na profissional, e ainda ser capaz de levar uma vida organizada. As novas tecnologias trouxeram junto novas demandas.
Um bom exemplo é que desde que o blogue deixou de ser um simples diário e assumiu o papel que tem hoje, tenho observado que quase todos os blogueiros têm dificuldade de manter o espaço atualizado e sempre há um post se desculpando por isso.
Somos quase sempre atropelados pelas coisas que precisamos fazer e isso ocorre porque, apesar do internet banking, do fastfood, do drive-through, do disk delivery, e de outras novidades do mundo moderno, ainda temos nossas limitações, humanas, ancestrais, e o dia continua tendo somente 24 horas.
O pior é que às vezes bate a impressão de que estamos perdendo tempo com atividades não tão importantes. Mas acho que não precisamos de controles rígidos. Gerir tarefas não significa deixar o relógio controlar o ritmo da nossa vida, mas começar a ser dono do próprio tempo. Esse blogueiro deixa algumas dicas:
- Programe-se - Vejo a agenda como parceira fundamental. Pode ser digital ou não. Atualmente é muito comum encontrar aparelhos celulares com funcionalidades desse tipo. Caso não goste, use a boa e velha agenda tradicional.
- Defina e fixe prioridades – Todos temos milhões de coisas para fazer, mas precisamos distinguir o que é urgente do que não é. Um recurso que também ajuda é o de criar lista com atividades pendentes, separadas por categorias, como por exemplo: trabalho, faculdade, curso, etc.
- Cuidado com o vício na internet – É bom se policiar para que as redes sociais não consumam o tempo que pode ser destinado ao estudo e ao trabalho. Os limites, cada um deve se impôr.
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