Quanto eu levo nessa?

sábado, 30 de julho de 2011

O mercado de trabalho guarda peculiaridades que vão além da preparação técnica do profissional. Na grande maioria das situações a variável que vai decidir alguma pendência ou conflito é a inteligência emocional dos envolvidos. Um dos momentos onde esta constatação é posta à prova é na hora de pedir aumento de salário.
Quanto eu levo nessa?

Via de regra, não é de todo desaconselhável iniciar um processo de renegociação salarial. Você, mais do que ninguém, conhece o valor e importância de seu trabalho para o futuro da empresa. Mas, nem sempre essa via é de mão dupla. O empregador tem o direito, inclusive, de dizer não.
Uma das primeiras coisas a se entender é que seu salário depende de variáveis que vão além de sua mesa de trabalho, de sua equipe. Procure entender primeiro o momento que passa seu segmento profissional e como a empresa em que você trabalha está inserida nesse segmento. E a conjuntura nacional? A economia está bem? Estamos em recessão? Entender o cenário geral é o primeiro passo.
Sinal verde no macro ambiente? Então é hora de consultar amigos em outras empresas, profissionais de RH e sites especializados para entender como está seu salário em relação ao mercado. Isso porque, muitas vezes, o que você acredita ser um absurdo é na verdade um reflexo de baixa demanda por sua área, por exemplo. Conhecer a média de mercado antes de pedir aumento é, no mínimo, sinal de maturidade profissional.
Com todas essas informações levantadas é hora de enfrentar o momento. Seja direto e firme e evite ameaças ou um tom desnecessariamente agressivo. Frases como: “Se não conseguir o aumento vou procurar outras oportunidades no mercado” ou “Vocês deveriam valorizar mais meu trabalho por aqui” devem ser evitadas. Seja profissional e não o “reclamão”.
O “não” é uma resposta possível. E ele pode ser motivado por inúmeras razões, algumas delas até mesmo fundamentais para que você continue empregado! O “não” é a fronteira final, aquela que você não deve ultrapassar. Não bata o pé.
Dicas para quem ainda vai fazer a entrevista
Outro momento muito especial para a negociação do salário é quando você está realizando sua entrevista de emprego. Alguns pontos iniciais, como o estudo do macro ambiente e da realidade de mercado na qual você está inserido ainda valem. A estas variáveis podemos acrescentar outras, típicas da situação. Por exemplo, quando for comentar sobre sua pretensão salarial, lembre-se que muito provavelmente esse valor persistirá por um ano (ou mais!). Então, dentro de sua realidade (e senioridade) pessoal, cabe fazer uma projeção de seus gastos e objetivos pessoais e diluí-los no valor. Não se esqueça também de ter opções, inclusive uma de maior valor, caso você perceba que a descrição da vaga e a realidade de sua função não sejam tão parecidas.

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