Na correria da vida corporativa com o passar do tempo fechamos nossos olhos para programas rotineiros do RH da empresa. Muitas vezes o evento que nos fascinava quando começamos a trabalhar em uma empresa acaba se transformando em nada mais que paisagem com o passar do tempo, atendemos os programas e eventos por obrigação. E isso significa que os investimentos muitas vezes vão pelo ralo, custam dinheiro, uma energia enorme, mas não são efetivos. É a mesma coisa que dirigir muitas vezes pelo mesmo caminho, com o tempo, esquecemos de perceber o que vemos.
Pessoalmente sou adepto da teoria que quando se trata de desenvolvimento de pessoas o gestor deve buscar sempre surpreender sua equipe, fazer coisas que encantem, tirem do lugar comum, façam olhar fora da caixa, que mantenham o brilho. Não diferente que na vida amorosa de cada um, o casamento com a empresa pode cair na rotina, pode ficar morno se não cuidarmos de perto. Só que o cônjuge empresa é representado pelo gestor nesse casamento, é o gestor que faz as honras da casa. A forma que conduz uma reunião, a forma com que apresenta um novo conhecimento, a forma que com cuidado cuida da transmissão das informações, a forma com que reconhece as pessoas, pode fazer muita diferença. A equipe percebe quando o gestor se dedica a equipe. São pequenas atitudes que se somam para manter o nível de energia da equipe mesmo nos momentos mais complicados. Gosto muito do provérbio americano “walk the talk”, ou ande como você fala. Como exemplo pessoal, ao longo desses anos de experiência como gestor, busco sempre me espelhar nos melhores gestores que tive, preparo sempre com antecedência quando tenho de falar com a equipe, o conteúdo e muito também de como falar e chamar atenção pra um ponto específico. As vezes, para surpreender, tento tirar as pessoas da rotina. Para ilustrar, já entrei vestido de jogador de futebol americano em reuniões, já entrei tocando violão na sala, já trouxe de surpresa família de colaborador que se destacou, já levei toda equipe pra trabalhar no mato, entre outros. Não precisamos ser radicais, nem todos gestores têm perfil parecido com o meu e isso não é errado, pessoas tem perfis diferentes. Mas, o gestor precisa sim cuidar de sua equipe, da energia, do brilho. Engana-se o gestor que acha que o RH da empresa fará isso por ele. O RH é sim uma excelente ferramenta, mas o dever é do gestor de encantar as pessoas, de alguma maneira tirar as pessoas do lugar comum, pois a rotina é muito grande e avassaladora, um rolo compressor, e a motivação tende a cair.
E o seu gestor, ou você como gestor, tem atitudes para encantar as pessoas, tirar da rotina? Opine.
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