Pouco tempo atrás participei de um workshop de Zouk, um estilo de dança muito legal e sensual que até então não conhecia. O Workshop durou dois dias, onde aprendemos desde passos simples até alguns que achei bem complicados.
Como em toda aula de dança, o início é a parte mais difícil para muita gente. Em meio a algumas dificuldades achei interessante a forma como o professor China abordou um tema específico: a pressa em terminar um movimento. Ele disse que a maioria dos alunos que estão aprendendo, iniciam um movimento já pensando em terminá-lo, o que não só prejudica a beleza do movimento em si, mas também faz com que a pessoa não curta a dança, o que no final das contas é o principal objetivo.
Quando a aula terminou, além de cansado, eu estava pensativo. Temos uma pressa natural em conseguir as coisas, como concluir a faculdade, comprar o primeiro carro, chegar ao cargo que almejamos e etc. Porém, por muitas vezes nos esquecemos de apreciar o caminho que percorremos para chegar até elas.
Agora que estou concluindo minha graduação vejo que o diploma é uma mera formalidade. A faculdade ajudou a formar o profissional e a pessoa que sou hoje, com todas as experiências que me proporcionou desde o primeiro dia de aula, não só na formatura. É claro que a formatura é importante, mas tenho certeza que por vários anos o que vai estar na minha mente são as imagens dos amigos que fiz, dos churrascos, dos conselhos dos professores e das sonecas durante a segunda aula rs.
Ainda nessa linha de pensamento, me vem à mente a comparação entre os maratonistas e os velocistas: apesar dos velocistas chegarem mais rápido ao destino, os maratonistas percorrem maiores distâncias e ainda conseguem aproveitar toda a paisagem do percurso.
Acho que nós da geração Y estamos tão acostumados com a velocidade que esquecemos como desacelerar e perceber fatos e pessoas a nossa volta, obtendo uma experiência real a cada passo dessa maratona que é a vida.
Ficam então duas dicas para vocês: desacelerem e façam um curso de dança de salão.
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