Comércio eletrônico representa um terço das transações no Brasil

terça-feira, 17 de maio de 2011

Nas relações entre empresas, índice sobe para 65%.
O comércio eletrônico no Brasil não pára de crescer. Em 2010, quase um terço (33,02%) de todas as transações entre varejo e consumidores foram feitas eletronicamente. Naquelas realizadas entre empresas, esse índice sobe pra quase dois terços do total, para 65,25%. Esses dados fazem parte da 13ª edição da Pesquisa FGV-EAESP, divulgada hoje pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.
A Pesquisa foi elaborada pelo professor Alberto Luiz Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (GVcia) e do Programa de Excelência em Negócios da Era Digital (NED). Foram consideradas 470 empresas de vários tamanhos, setores e ramos de atividade, nacionais ou multinacionais que operam no mercado brasileiro e atuam em algum nível no ambiente digital.
Segundo a FGV, esses resultados são significativos devido ao pouco tempo de existência do comércio eletrônico no País. A tendência para o setor é de crescimento nos próximos anos, principalmente apoiado pelo aquecimento da economia. No entanto, esse crescimento a partir de agora tende a ser moderado, já que as empresas que atuam no setor ainda esperam mais retorno dos investimentos feitos nos últimos anos.
As empresas pesquisadas disseram não ter aumentado significativamente seus gastos e aplicações em comércio eletrônico. Na média, apenas 1,53% da receita líquida teve esse destino. Na indústria, essa proporção foi de 0,48%, no comércio 1,44% e de 2,21% no setor de serviços. No geral, esse investimento foi feito de forma mais ampla, objetivando não só o consumidor final, mas também os processos de negócio das próprias empresas.
A utilização de aplicações em comércio eletrônico para integração entre empresas e fornecedores já atinge 72% dos entrevistados no setor de comércio. Na integração com clientes, esse índice sobe para 82%. Os principais processos utilizados objetivam recebimento de pedidos, suporte a utilização e divulgação de informações.
Portais para comércio eletrônico, email marketing e troca eletrônica de dados são as aplicações tradicionalmente mais utilizadas pelas empresas, mas a pesquisa detecta o surgimento de formas “mais inovadoras”, como as redes sociais. Esses usos são apoiados pela evolução das telecomunicações no País, que apesar de ainda muito caras e lentas apresentam evolução e se popularizam.
Para as empresas, os aspectos mais importantes na utilização do comércio eletrônico são relacionamento com clientes, privacidade e segurança, além de adoção de clientes e alinhamento estratégico. A FGV considera essas preocupações coerentes com o cenário atual e as tendências futuras.
A Pesquisa permite concluir, aponta a FGV, que as empresas estão utilizando o comércio eletrônico de forma mais abrangente, incluindo no processo o relacionamento externo com os clientes e fornecedores.
Fonte: FGV

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